Quem paga a conta da ineficiência na saúde pública?

Data da Publicação:

08/02/2025

Lembrando, que a saúde é um direito fundamental garantido pela Constituição Federal de 1988, que o acesso universal e igualitário às ações e serviços de saúde é um dever do Estado. Essa responsabilidade, no entanto, é mediada pela gestão pública, que desempenha um papel central na organização e execução de políticas de saúde para atender às necessidades da população
O gestor público tem o dever de planejar, executar e monitorar as ações e os serviços de saúde, garantindo que os recursos sejam aplicados de maneira eficiente, transparente e equitativa, que inclui: gestão de recursos, priorizando as áreas mais vulneráveis e necessitadas; planejamento e execução das políticas, sempre baseada em dados epidemiológicos e evidências científicas; garantia de acesso e qualidade dos serviços prestados e melhorias contínuas.
A transparência é um pilar fundamental na gestão da saúde pública. O acesso à informação permite que a sociedade acompanhe a utilização dos recursos públicos e a execução das políticas de saúde.
Dito isso, pergunto: Quais as conseqüências da má gestão ou indigestão?
Desigualdade no acesso aos serviços, faltam recursos essenciais, aumento de doenças evitáveis e até aumento de mortalidade, por fim desconfiança da população com perda de credibilidade nas instituições públicas.
O custo da ineficiência na gestão é muito alto, e não recai naqueles que tem a caneta na mão, mas na população que paga com a própria saúde e até mesmo em alguns casos com a própria vida.
A saúde pública é uma responsabilidade coletiva, mas é na figura do gestor que recai o compromisso de traduzir os princípios constitucionais em ações concretas. Gestão eficiente não apenas promove o bem-estar da população, mas também fortalece a confiança nas instituições e assegura o cumprimento do direito à saúde como um valor inalienável.

Dra Regina Cioffi
Médica e Bacharel em Gestão de Saúde Pública

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