Poços de Caldas, MG – Sabia que cerca de 5 a 9 milhões de brasileiras podem sofrer de lipedema sem nem sequer terem sido diagnosticadas? Estima-se que entre 10% e 18% das mulheres no Brasil convivam com essa condição crônica, muitas vezes confundida com obesidade ou sobrepeso, mas que não responde a dietas tradicionais nem a exercícios físicos convencionais.
O lipedema é caracterizado pelo acúmulo anormal de gordura, principalmente nas pernas e, em alguns casos, nos braços. A condição provoca inchaço, dor, sensibilidade ao toque, facilidade para hematomas e grande desconforto físico e emocional. Não raro, mulheres com lipedema sentem-se frustradas por não verem resultados mesmo com uma vida ativa e alimentação equilibrada.
“É muito comum que pacientes passem anos tentando entender por que seu corpo reage de forma diferente. E essa condição pode afetar tanto mulheres com o corpo mais volumoso, quanto às mais magras. O diagnóstico precoce e o acompanhamento médico especializado são fundamentais para melhorar a qualidade de vida dessas mulheres”, explica a médica Dra. Silvana Guedes, que atua na linha de frente do diagnóstico e tratamento do lipedema.
O reconhecimento do lipedema como uma condição clínica específica é um passo essencial para que mais mulheres tenham acesso ao tratamento adequado e possam recuperar não apenas a autoestima, mas também o bem-estar e a saúde integral.
Por Dra. Silvana Guedes
@drasilvanaguedes