Poços de Caldas, MG – Nesta semana, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, esteve em Poços de Caldas pela oitava vez desde o início de sua gestão. Durante sua visita, ele destacou investimentos e projetos para a cidade e a região, reforçando o compromisso do governo estadual com o desenvolvimento local.
Zema ressaltou que sua administração tem uma abordagem diferente das anteriores e que ainda trabalha para concluir diversas obras inacabadas herdadas de gestões passadas. Segundo ele, até o final de seu mandato, serão entregues cinco grandes hospitais regionais, o que contribuirá significativamente para a melhoria da saúde no interior do estado.
Para Poços de Caldas, o governador destacou a implantação de três Unidades Básicas de Saúde (UBS), parte de um compromisso estadual que já contempla mais de 300 unidades em Minas Gerais. Além disso, ele mencionou um pedido do prefeito municipal Paulo Ney para a construção de um viaduto nas imediações da represa Saturnino de Brito, uma obra que ainda aguarda o projeto a ser encaminhado pela prefeitura.
Zema também abordou a situação financeira do estado e destacou que Minas Gerais ainda enfrenta desafios para equilibrar suas contas. No entanto, afirmou que sua gestão tem trabalhado para devolver recursos que haviam sido retidos no passado, especialmente entre os anos de 2015 e 2018. Segundo ele, o estado tem sido um parceiro confiável para os municípios e vem cumprindo com pagamentos que estavam pendentes há anos.
Outro ponto enfatizado pelo governador foi o impasse em torno do Programa de Reestruturação e Ajuste Fiscal (Propag), que teve importantes trechos vetados pelo governo federal, apesar da ampla aprovação no Congresso Nacional. No Senado, o programa foi aprovado por unanimidade, e na Câmara dos Deputados, apenas quatro parlamentares foram contrários. O governo de Minas agora trabalha para reverter oito dos onze vetos, considerados fundamentais para o estado e outras unidades da federação. Segundo Zema, a aprovação integral do Propag permitiria a Minas Gerais pagar taxas de juros mais justas, tornando possíveis novos investimentos. Ele alertou que a situação fiscal enfrentada pelo estado já é realidade em outras regiões, como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Goiás, e que em breve poderá afetar também São Paulo, caso não haja uma solução definitiva para a dívida pública.
PAULO VITOR DE CAMPOS
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