Os dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) apontam uma transformação significativa no cenário do desemprego juvenil no Brasil. Nos últimos três meses de 2024, a taxa de desocupação entre jovens de 14 a 24 anos caiu para 14,3%, praticamente a metade do índice registrado no mesmo período de 2019, quando alcançava 25,2%. Essa redução representa a saída de 2,4 milhões de jovens da condição de desemprego, em um intervalo de cinco anos.
O avanço é expressivo e sinaliza a efetividade de políticas públicas voltadas à inserção de jovens no mercado de trabalho, seja por meio da ampliação do ensino técnico, do estímulo ao primeiro emprego, ou da digitalização de processos seletivos. O fato de que o Brasil tinha 4,8 milhões de jovens desempregados em 2019 e agora conta com 2,4 milhões nesta condição não deve apenas ser comemorado, mas analisado como um passo concreto rumo a uma sociedade mais inclusiva e produtiva.
Outro dado relevante é a redução do número de jovens entre 18 e 24 anos que não estudam nem trabalham — os chamados “nem-nem” — que agora somam 5,3 milhões de pessoas. Embora ainda elevado, o número mostra tendência de queda, indicando uma possível reconexão dessa parcela da juventude com o sistema educacional e o mundo do trabalho.
Esses resultados, no entanto, não significam o fim dos desafios. A informalidade ainda afeta consideravelmente os jovens trabalhadores, e o acesso ao ensino superior e à qualificação profissional de qualidade permanece desigual.
A queda do desemprego juvenil é uma boa notícia — e um lembrete de que, com foco e investimento certo, é possível transformar realidades e gerar oportunidades para o futuro do país.