Neste Dia das Mães, a Serasa lança um olhar necessário sobre a realidade financeira de milhões de mulheres brasileiras. O estudo especial traça um diagnóstico atual da jornada das mães a partir das diversas estruturas familiares que compõem o Brasil contemporâneo — um retrato que revela resiliência, protagonismo e, sobretudo, desigualdade.
Entre as viúvas, 96% assumem integralmente a gestão de suas finanças, demonstrando independência em meio à dor da perda e às exigências do cotidiano. Já entre as mães solteiras, 81% recorreram a trabalhos informais para garantir a subsistência da família — com destaque para serviços de limpeza, realizados por 38% delas. Essa informalidade não é uma escolha, mas uma consequência direta da falta de apoio estrutural e oportunidades equitativas no mercado de trabalho.
A sobrecarga feminina, mesmo em famílias compostas por dois adultos, permanece evidente: 90% das mulheres casadas ou em união estável relatam o desafio de conciliar as exigências do lar com as demandas profissionais. E esse desequilíbrio atinge com ainda mais força as mães divorciadas, que lideram as estatísticas de dificuldade na administração da rotina entre filhos, trabalho e cuidados domésticos.
O estudo da Serasa vai além de dados. Ele revela a verdadeira face das mães brasileiras: mulheres que, mesmo diante de jornadas triplas e muitas vezes invisíveis, seguem sustentando suas casas com força, coragem e sacrifício. Em vez de flores e frases prontas, o que essas mães precisam é de políticas públicas eficazes, redes de apoio e um mercado de trabalho mais justo.
Neste domingo, que o Dia das Mães seja também um chamado à reflexão: quem cuida de quem cuida?