HUGO PONTES
A crônica literária é um gênero textual que combina elementos do jornalismo e da literatura, apresentando narrativas curtas e reflexões sobre temas do cotidiano. Diferentemente de um romance ou conto, a crônica não requer uma trama complexa ou personagens elaborados, mas sim a capacidade de encontrar significado e emoção nas sutilezas da vida diária.
O texto explora fatos do dia a dia, personagens e situações da vida, buscando transmitir reflexões e emoções ao leitor.
A escritora e professora América Soares residente em Campestre, nasceu em Cordislândia (terra do coração), Minas Gerais. Pelo nome da sua cidade natal percebemos o quanto a autora tem de carinho e amor em seu coração para ter elaborado sessenta e oito crônicas que, em cada uma delas, traz por tema a vida e atividades de cidadãos de Campestre, cidade cuja história e memória faz parte de Minas Gerais e do Brasil.
Na crônica de abertura América Soares diz:
Ler “No Campo das Sempre-Vivas” é, sem dúvida, conhecer a geografia física e humana no contexto histórico-cultural de uma comunidade que se funda no que representa de melhor no contexto do Campo das Sempre-Vivas e o que emoldura a fértil planície sul mineira.
Sessenta e oito são as crônicas através das quais América Soares contempla Campestre e seus moradores ilustres – tanto cidadãos e cidadãs – que contribuíram para o desenvolvimento da cidade e região.
Encerrar em livro a memória desses personagens é, sem dúvida, registrar com palavras e fotografar o pensamento e ações daqueles que trabalharam com afinco em prol dos seus semelhantes e para o crescimento da sua comunidade.
Por fim, um detalhe importante da obra América Soares é que o título do livro, no seu contexto, nos remete à flor conhecida como Sempre-Viva que simboliza a eternidade e o afeto. É associada à imortalidade e à permanência da beleza, mesmo diante da passagem do tempo e memória daqueles que a escritora América Soares consegue resgatar em NO CAMPO DAS SEMPRE-VIVAS.
*Professor,
Poeta e jornalista