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Do Brasil para Ruanda: a Seleção Feminina de Cricket que carrega sonhos na bagagem

Data da Publicação:

30/05/2025

Poços de Caldas, MG – Enquanto muitas meninas ainda sonham em serem vistas, essas já estão prontas para serem ouvidas — com o som alto e firme dos tacos batendo na bola. Entre os dias 1 e 15 de junho de 2025, a Seleção Brasileira Feminina de Cricket embarca para a África para disputar pela segunda vez o Kwibuka Women’s Tournament, em Ruanda.
Mas este não é apenas mais um torneio internacional. É uma competição que carrega um profundo simbolismo. “Kwibuka” significa “lembrar” em Kinyarwanda, e o torneio foi criado em homenagem às vítimas do genocídio de 1994 em Ruanda — um evento trágico que tirou mais de 800 mil vidas. O cricket, com sua natureza respeitosa, estratégica e colaborativa, foi escolhido como ferramenta de reconciliação e paz. Desde então, o torneio cresceu e se tornou um dos eventos femininos mais importantes do calendário internacional do cricket, promovido Rwanda Cricket.

E o Brasil estará lá. Com força. Com alma. Com propósito
A seleção brasileira carrega em sua formação mais do que talento técnico: carrega histórias de transformação. Grande parte das atletas vieram de projetos sociais da Confederação Brasileira de Cricket. Começaram em escolas públicas, em comunidades periféricas, empunhando um taco com curiosidade e, pouco tempo depois, com paixão.
Hoje, representam o país em uma competição internacional que reúne grandes selecoes — e se firmam como símbolo de um esporte que cresce no Brasil não apenas como modalidade, mas como ferramenta de cidadania.
A capitã da equipe, Carol Nascimento, é um exemplo vivo dessa jornada:
“Eu entrei em um projeto social ainda criança, sem imaginar tudo o que o cricket traria para minha vida. Hoje sou capitã da seleção, estou prestes a me formar na universidade e já tive a chance de conhecer outros países graças ao esporte. Isso muda tudo — muda o que a gente acredita que pode ser.”
Ruanda será mais do que palco de jogos. Será palco de encontros. E o Brasil chega com um time preparado para competir de igual para igual com grandes seleções, levando em campo toda a garra, técnica e espírito coletivo que define o cricket nacional.
Matt Featherstone, presidente da Confederação Brasileira de Cricket, vibra com mais esse marco:
“Ver essas meninas representando o Brasil em um torneio como o Kwibuka é a realização de um sonho. E também o combustível para continuarmos levando o cricket a cada vez mais lugares. O que temos hoje já foi sonho um dia. Agora, com o cricket entrando no programa olímpico, vamos ainda mais longe. O mundo vai ouvir falar do Brasil — e ouvir por uma boa razão.”
A entrada oficial do cricket no programa dos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028 representa um divisor de águas. Com status olímpico, o esporte deve ganhar ainda mais visibilidade, investimento e força nas políticas públicas — algo que impulsiona diretamente o trabalho já robusto feito no Brasil.
O que a Seleção Feminina leva para Ruanda não cabe em uma mala. Leva orgulho, esperança, e uma mensagem poderosa: o esporte pode, sim, mudar destinos.
Sobre a
Confederação
Brasileira
de Cricket
A Confederação Brasileira de Cricket (CBCr), fundada em 2001 e afiliada à ICC desde 2003, é responsável pela organização, promoção e expansão do cricket no Brasil. Com sede em Poços de Caldas/MG, a CBCr coordena mais de 80 projetos sociais ativos, impactando mais de 10 mil crianças e jovens em todo o país. Por meio do esporte, promove inclusão, educação e oportunidades reais de transformação de vida — dentro e fora dos campos.

Por Gustavo
Mazzotti – Diretor de Marketing –
Cricket Brasil (CBCR)

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