Durante a Semana do Meio Ambiente, iniciada em 1º de junho, reflexões sobre sustentabilidade e preservação ambiental ganham força em todo o país. Mas, entre as pautas urgentes, uma em especial exige atenção crescente: o descarte e a gestão dos resíduos eletrônicos.
O Brasil ocupa hoje o preocupante posto de 5º maior gerador de lixo eletrônico do mundo, com 2,4 milhões de toneladas descartadas anualmente, segundo dados recentes. São celulares, computadores, televisores, baterias e eletrodomésticos que, muitas vezes, têm como destino final o lixo comum — sem qualquer cuidado com o impacto ambiental ou reaproveitamento de componentes.
Esse volume expressivo evidencia o lado obscuro do avanço tecnológico e do consumo acelerado. Em um cenário de atualizações constantes e obsolescência programada, o ciclo de vida dos produtos eletrônicos torna-se cada vez mais curto, e o planeta paga a conta.
A Semana do Meio Ambiente surge, então, como uma oportunidade para incentivar a reutilização de materiais, a destinação correta de eletrônicos obsoletos e a criação de políticas públicas que fortaleçam a logística reversa. Governos, empresas e cidadãos precisam caminhar juntos nesse esforço.
Descarte consciente é mais que uma prática individual — é uma responsabilidade coletiva. Afinal, reduzir, reutilizar e reciclar não são apenas palavras de ordem, mas caminhos urgentes para garantir um futuro viável para o planeta.