Poços de Caldas, MG – Indignação. Foi dessa forma que a Dra. Regina recebeu a informação semana passada, anunciada pelo secretário municipal de Saúde Carlos Mosconi, sobre as mudanças que seriam implantadas no programa Materno-Infantil, que por 42 anos foi referência em nossa cidade, acolhendo mães e filhos, desde o período compreendido entre as 35 e 40 semanas de gestação e, posteriormente ao parto, no período puerperal até o primeiro ano de vida da criança. Dra. Regina preparou um requerimento com a assinatura de outros cinco parlamentares cobrando explicações do Executivo a respeito. Graças a esse pedido de informações, a secretária-adjunta de Saúde Rosilene Faria decidiu comparecer na sessão ordinária da Câmara Municipal desta terça-feira (13).
Convidada para integrar a mesa diretora, Rosilene disse que tudo não passou de um problema de comunicação e que o Materno-Infantil não estaria sendo descontinuado para ser absorvido pela atenção básica, mas, sim, ampliado. Ressaltou também que a estrutura do atendimento na rua Araguaia passaria para o recém-criado Centro Especializado de Atenção à Saúde da Mulher e da Criança, onde funcionava o Hospital de Campanha, uma das lutas da Dra. Regina no que tange ao legado da pandemia.
“O primeiro ano de vida do bebê é um período importante e exige atenção, pois ele está em fase de descobertas e desenvolvimento, além de ser uma etapa em que o cuidado com a saúde e segurança deve ser constante”, diz a vereadora. “Fico contente que tenha sido apenas um erro de comunicação e que o Materno-Infantil continue com o grande trabalho que já faz na nossa cidade e que atravessa gerações. Continuarei a acompanhar de perto este projeto”, conclui.
Ainda na sessão ordinária, Dra. Regina aproveitou a oportunidade para lamentar que um dos mais bem-sucedidos programas municipais de saúde, o do antitabagismo, tenha sido praticamente desmontado após ter passado por um processo de descentralização, como foi proposto para o Materno-Infantil.
Denúncia
Dra. Regina também foi uma das vereadoras que apresentou um pedido de informações a respeito de denúncia levada ao Ministério Público e repercutida pela imprensa semana passada sobre o Conselho Municipal de Inovação, Ciência e Tecnologia presidido pelo secretário municipal de Desenvolvimento e Trabalho Thiago Mariano.
O requerimento solicita o esclarecimento e detalhamento do Executivo das medidas adotadas a partir do recebimento da denúncia e o acesso aos documentos e demais informações relacionadas à referida denúncia e ao eventual procedimento instaurado a partir dela, incluindo a cópia da mesma, documentos que a instruíram, despachos, documentos carreados posteriormente e o extrato bancário da conta corrente do Conselho.
