Poços de Caldas, MG – O secretário de Saúde Carlos Mosconi esteve na Câmara Municipal na tarde de ontem, onde participou de uma audiência pública de prestação de contas da área da Saúde. Durante o encontro, foi apresentado pelo Executivo o Relatório de Gestão do SUS referente ao 1º quadrimestre de 2022. Entre os assuntos, Mosconi comentou números de atendimentos diversos e também sobre a Lei do Piso dos Enfermeiros, além do ponto eletrônico e atualização de dados. A exemplo do que disse ao Mantiqueira semana passada, ele reiterou que o aumento aos enfermeiros é justo, mas quer saber de onde vêm os recursos para os hospitais cumprirem a lei. Mosconi falou ainda sobre o Hospital do Câncer.

Centro oncológico
Durante sua estadia na Câmara, o secretário explicou a situação do Hospital do Câncer, que está sendo construído em frente à Santa Casa. “O Hospital do Câncer não é Hospital do Câncer, mas sim um Centro de Tratamento Oncológico”, disse o Mosconi, que lembrou todo o projeto, desde o início. Na época ele era deputado. Ele destacou que o Centro de Tratamento Oncológico seria na zona sul, próximo ao estádio Prontidão, mas o terreno ao lado da Santa Casa acabou sendo escolhido. Lembrou ainda que por questões políticas o Centro não foi para frente e o assunto só voltou agora. Segundo o secretário, para se construir outro hospital seria preciso toda uma nova equipe, uma nova diretoria administrativa e toda a estrutura e com um custo bem maior. O secretário pontua que as conversas iniciais para a construção do Centro de Atendimento Oncológico incluiriam um centro de hemodiálise. “Nosso Centro de Hemodiálise é precário, temos 19 aparelhos e com esta aplicação que está sendo feita teremos mais de 40 e com isso nenhum paciente precisaria mais sair da cidade para se tratar em outro local”, destacou. Ele explicou ainda todo o procedimento que um paciente de câncer precisa. “O paciente tem que ter um acolhimento amplo. Muitas vezes ele vem com a família, um suporte emocional faz parte também, tem as consultas, sala de medicamentos especializados, uma enfermaria preparada, conjunto de salas de quimioterapia que precisa ser grande, já que atendemos quase 100 cidades e é este aparato que envolve o Centro de Tratamento Oncológico que está sendo construído”, detalhou. No local não terá radioterapia, mas o secretário lembrou que a cidade tem um Centro de Radioterapia credenciado pelo SUS. Ele destaca ainda que será o Centro de Tratamento Oncológico que dará um atendimento adequado para os pacientes da cidade e região. Outra questão levantada pelo secretário foi a situação atual do Cacon, onde os pacientes precisam esperar do lado de fora, já que o local não possui estrutura para abrigá-los internamente.

Leitos
Mosconi falou que alguns leitos serão acrescidos na Santa Casa com a construção do Centro de Tratamento Oncológico. “Temos uma ala no térreo que terá grande parte transferida para o novo prédio. Neste local ficam salas de quimioterapia, entre outras que serão transferidas e vão ser transformadas em leitos. “O centro vai proporcionar um tratamento moderno e adequado para estes pacientes”, destacou o secretário.
Dinheiro
Mosconi tocou ainda na questão financeira da obra que está em execução. “Quando foram feitos os convênios com o governo Anastasia o dinheiro não foi repassado totalmente porque o projeto não estava pronto. Depois veio o governo Pimentel que simplesmente desconheceu o convênio, não quis nem saber do assunto. Depois veio o Zema, que em seu primeiro mandato não tinha dinheiro para fazer a obra. Ele deixou isso bem claro, a vontade era ajudar, mas não havia recurso. Entendemos a situação. Fui com o prefeito e o Celso até Brasília onde estivemos com o Alexandre Silveira que nos atendeu e disse ter condições de ajudar. Isso foi feito”, destacou Mosconi. “Ainda não sei se o recurso chegou, já que ele irá para a Secretaria de Obras. A última informação que tive é que o recurso havia sido empenhado e estaria chegando”, disse Mosconi. Ele destacou que a garantia do senador foi feita em público e que não tem nenhum risco deste dinheiro não chegar. “Todos temos que lutar para que o Centro seja construído. Não podemos esperar mais 10 anos, é preciso comemoração por esta obra”, disse o secretário.

Paulo Vitor de Campos
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