Poços de Caldas, MG – Artistas poços-caldenses de diversas companhias de teatro voltam a visitar o Lar dos Velhinhos depois de mais de dois anos. Nesta quinta-feira (28), eles retomam este trabalho beneficente de levar arte e alegria, que ficou um tempo parado por conta da pandemia, mas que completaria 20 anos ininterruptos.
Vão participar do trabalho os artistas Clisthenis Betti, Deborah Soares, Dema Melo, Elvis Lago, Gildo Bernardes, Jacque Ferrari, Luciano Pedrilio, Luiz Munhoz e Mariana Bernardes.
“A última vez que estivemos no Lar dos Velhinhos foi em 2020, na semana da Páscoa, para entregar os televisores, naquele episódio do roubo que aconteceu lá, depois ficamos esse tempo parado por conta da pandemia. Estamos muito empolgados com essa volta”, diz Clisthenis Betti, que adianta que a festa esse ano será especial e terá casamento caipira.
Segundo Elvis Lago, que participará pela primeira vez, a arte em geral, principalmente a que ocorre com a interação direta com o público idoso, é de grande importância no bem-estar e na socialização. “O uso do humor nesse meio é terapêutico, previne e trata doenças psíquicas além de estimular a memória, parte tão atingida conforme o avanço da idade, a arteterapia para idosos é uma metodologia que tem sido empregada por casas de acolhimento para a além dos métodos tradicionais de cura e terapia dos seus residentes. Além de artista, estou terminando um curso de cuidador e iniciando na área de enfermagem”, pontua.
Um dos integrantes mais antigos deste trabalho no Lar dos Velhinhos é Luiz Munhoz. Ele reitera que é muito gratificante estar com os idosos. “Cada ano a gente vai até o Lar dos Velhinhos levar alegria, descontração, conforto para eles. São 18 anos e a gente nunca sabe o dia de amanhã, um dia também teremos essa idade e vamos precisar dessa atenção, amor e calor humano”, lembra ele.
Outro artista que está junto com o grupo que visita o Lar é Luciano Pedrilio. Também ele diz que é muito prazeroso estar com os velhinhos nesta data tão especial. “Poder observar em cada olhar a gratidão e o afeto por nós amolece o coração. Já vi amigos saírem chorando do evento, ouvimos cada história triste por trás de um sorriso, que muitas vezes não entendemos o motivo da família simplesmente interná-los lá e nunca mais voltar. Poços ainda é uma cidade privilegiada por termos lares com estrutura. Profissionais capacitados e focados em fazer o melhor para cada idoso interno, mas o cenário que vemos lá fora nem sempre é o mesmo. Esta já será a minha quarta participação, a primeira pós-pandemia, espero muito poder rever algumas carinhas familiares lá e dar um pouco de alegria”, finaliza.
Delma Maiochi
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