Censo 2022

Os resultados do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam importantes mudanças na dinâmica demográfica do Brasil. Embora a população brasileira tenha crescido significativamente desde o último Censo em 2010, com um acréscimo de 12,3 milhões de indivíduos, é alarmante constatar que o país registrou a menor taxa média de crescimento anual desde 1872, alcançando apenas 0,52%.
O Centro-Oeste desponta como a região com a maior taxa de crescimento anual em todo o Brasil.. Em segundo lugar, encontra-se o Sul, com uma taxa de 0,74%.
O Sudeste, apesar de abrigar quase metade da população brasileira, registrou a segunda menor taxa de crescimento anual do país, atingindo apenas 0,45%. Com uma população de 84,8 milhões de habitantes, o Sudeste enfrenta desafios relacionados à estagnação demográfica. Essa tendência pode ser um reflexo de fatores como a migração para outras regiões, a diminuição da taxa de natalidade e o envelhecimento da população.
Dentre as capitais brasileiras, o Rio de Janeiro chama a atenção por ter uma diminuição populacional. A cidade perdeu cerca de 1,7% de seus habitantes, com uma redução de 109.023 pessoas. Outras capitais também enfrentaram declínio, como Fortaleza (-1%), Salvador (-9,6%), Belo Horizonte (-2,5%), Recife (-3,2%), Porto Alegre (-5,4%) e Belém (-6,5
Uma tendência observada nas últimas três edições do Censo é a diminuição do número de moradores por domicílio. Em 2000, a média era de 3,76 moradores por casa, em 2010 esse número caiu para 3,31, e em 2022, chegou a 2,79.
Diante desses dados, torna-se evidente a necessidade de análises mais aprofundadas sobre as causas e consequências dessas transformações demográficas.