Integrante de grupo criminoso é presa em Poços de Caldas
Poços de Caldas, MG – Na última terça-feira (4), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou a prisão de uma mulher, de 35 anos, em Poços de Caldas, Sul do estado. A suspeita estava foragida desde 2021, quando foi deflagrada a operação Contragolpe. A investigação teve como objetivo desarticular organização criminosa que vinha atuando em âmbito interestadual com o conhecido golpe do falso motoboy.
Segundo apurado, somente em Poços de Caldas, os criminosos lesaram seis vítimas, com prejuízo financeiro de aproximadamente R$ 400 mil. Ainda segundo o trabalho investigativo, os criminosos, com o dinheiro obtido com os crimes, ostentavam vida luxuosa nas redes sociais, mesmo sem qualquer renda lícita a justificar seu estilo de vida. Ao todo, 16 pessoas foram presas e condenadas em primeira instância a penas que, somadas, superam cem anos de prisão pelos crimes de furto qualificado, integrar organização criminosa e lavagem de dinheiro. A quantia e bens apreendidos em poder dos investigados deverão ser utilizados pela Justiça para ressarcir as vítimas dos golpes. Um suspeito, de 39 anos, segue foragido.
Operação Contragolpe – Durante as investigações, os policiais civis identificaram que o golpe possuía a seguinte dinâmica: os criminosos, em posse de informações privilegiadas, principalmente de titulares de contas bancárias e telefone de pessoas idosas, realizavam contato telefônico com as vítimas, informando que o cartão de crédito do titular da conta havia sido clonado e que, para a vítima não ter prejuízos financeiros, deveria fazer uma carta contestação de próprio punho, para que um funcionário do banco e/ou da delegacia fosse até sua residência buscar o cartão, sob pretexto de submetê-lo à perícia. A vítima, induzida a erro, entregava o cartão com a senha aos golpistas, que passavam então a realizar saques e compras em máquinas de cartão de crédito habilitadas pelos próprios estelionatários, gerando grande prejuízo financeiro às vítimas.