Lei Seca

Em 2003, a Lei Seca surgiu como uma medida para conter um problema grave: dirigir sob a influência do álcool. Agora, ao completar 15 anos, é crucial refletir sobre o progresso e os obstáculos que ainda persistem.
De acordo com os dados alarmantes da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), mais de 1 milhão de infrações foram registradas no Brasil, evidenciando a necessidade contínua de vigilância e aprimoramento da legislação. Belo Horizonte, a capital mineira, infelizmente, liderou o ranking nacional com 187 mil infrações nesse período.
Apesar de 15 anos de vigilância, o Ministério da Saúde relatou em 2021 um número trágico de 10.887 vidas perdidas devido à combinação fatal de álcool e direção. Isso representa uma média de 1,2 óbitos a cada hora. Entretanto, há um raio de esperança nos dados: a taxa de mortes por 100 mil habitantes foi 32% menor em comparação a 2012, quando a Lei Seca ainda engatinhava. Essa redução, de sete para cinco mortes por 100 mil habitantes, ao longo dos anos, é um sinal de que a legislação está, de fato, salvando vidas.
Para avançar nessa luta contra a tragédia nas estradas, é imperativo adotar regras mais consistentes e investir na conscientização da população brasileira. A educação é uma das armas mais poderosas que temos para combater esse problema de forma abrangente.
Além disso, é essencial que sejam adotadas estratégias que promovam a cultura da responsabilidade no trânsito. Programas de prevenção, campanhas de conscientização e ações de fiscalização devem caminhar lado a lado com uma legislação atualizada e condizente com a gravidade do problema.
Neste aniversário de 15 anos da Lei Seca, olhamos para o passado com gratidão pelos progressos alcançados, mas também com um olhar crítico e um compromisso renovador em enfrentar os desafios que ainda persistem. A no trânsito é um direito de todos e um dever de segurança de cada cidadão.