Recanto Japonês celebra o renascimento de sua incrível e bela Casa de Chá

Poços de Caldas, MG – O Mantiqueira esteve nesta semana no Recanto Japonês, para conferir como ficou nova Casa de Chá. Um marco local, a antiga estrutura foi destruída por vândalos em 2016, quando invadiram o espaço e incendiaram uma parte significativa da história da cidade. A reportagem teve a oportunidade de conversar com a arquiteta Elizabete Emi Niwa, responsável por conduzir todo o projeto de reconstrução. Ela também está sendo responsável por toda a reconstrução do local que ainda não está aberto para visitas. A arquiteta é contrada pela Citur, responsável pelo turismo de Poços de Caldas.
Elizabete explicou que o projeto foi conduzido pela construtora Nakashima, a pedido da Secretaria de Turismo, que intermediou o contato com a empresa japonesa. A arquiteta já havia trabalhado com a Nakashima no Japão na década de 90, e a construtora trouxe sua expertise na técnica construtiva de madeira tradicional.
“Os painéis e toda a madeira utilizada são nacionais, originados do Paraná, e a ideia foi trabalhar com madeira de reflorestamento. Não há madeira de lei nessa construção, o que torna a proposta ainda mais interessante. Tudo é encaixado, seguindo a técnica construtiva japonesa”, acrescentou Elizabete.
A reconstrução da Casa de Chá representa não apenas um renascimento arquitetônico, mas também uma valorização da cultura e tradição japonesa em Poços de Caldas.
Elizanete conta que o projeto da nova Casa de Chá começou em 2017, porém, com a pandemia ela acabou atrasando.
“Fomos forçados a paralisar temporariamente. No entanto, conseguimos retomar os trabalhos após ajustes nos orçamentos, pois as madeiras já haviam sido adquiridas antecipadamente, o que foi uma sorte”, explicou Niwa.
Ao abordar os planos futuros para o Recanto Japonês, Niwa revelou uma série de melhorias e expansões. Está prevista a construção de uma portaria, denominada “Portal da Purificação”, incluindo bilheteria, catraca, estacionamento e banheiros para os visitantes. Além disso, estão planejadas lojas para a venda de doces japoneses e souvenirs, assim como um espaço destinado à alimentação, que está em fase de planejamento.
“Teremos o Lago das Carpas, e planejamos construir pontes típicas japonesas, além de todo o paisagismo que já é característico do parque. Aqui, estamos comprometidos em recuperar e preservar a essência do Recanto Japonês”, destacou a arquiteta.

Paulo Vitor de Campos
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