Poços de Caldas, MG – O diretor executivo da Meteoric, Marcelo de Carvalho, compartilhou informações detalhadas sobre a trajetória da empresa e os planos ambiciosos para a exploração de terras raras no Brasil, em uma entrevista exclusiva.
Originária da Austrália e com uma década de experiência, a Meteoric chegou ao Brasil em 2017, quando adquiriu um projeto de mineração de ouro na Amazônia. Após três anos de desenvolvimento, a empresa optou por seguir uma direção voltada para os metais essenciais à transição energética global, o que a levou a explorar terras raras.
Marcelo de Carvalho destacou a parceria com a família que trouxe à empresa a oportunidade de explorar um projeto de terras raras no Brasil, uma iniciativa que foi reconhecida como detentora do melhor depósito de terras raras do mundo. O diretor enfatizou o potencial transformador desse projeto para a cidade de Poços de Caldas e para o estado de Minas Gerais.
“Nós enxergamos que esse projeto pode mudar a distribuição global desses metais fundamentais para a transição energética. Ele tem a capacidade de fazer do Brasil e de Minas Gerais líderes nesse movimento crucial para o futuro da energia”, afirmou Marcelo de Carvalho.
Quando questionado sobre a efetividade do projeto, Marcelo explicou as fases em que a empresa se encontra atualmente. Ele ressaltou que estão empenhados em realizar estudos ambientais e de impacto, além de conduzir a engenharia básica do projeto. Com um investimento previsto de um bilhão e meio de reais nos próximos três anos, a Meteoric visa concluir o estudo de impacto ambiental e o licenciamento em dois anos, começar a construção após esse período e entrar em produção em três anos.
Marcelo também abordou a geração de empregos que o projeto trará para a região. Durante a fase de construção, a previsão é de mais de seiscentas vagas diretas, e esses empregos se manterão durante a fase de operação, garantindo estabilidade econômica para a comunidade.
Ao ser questionado sobre as preocupações ambientais, Marcelo destacou a abordagem sustentável da Meteoric. Ele explicou que o projeto de mineração de terras raras adota processos ecologicamente conscientes, utilizando argilas iônicas que permitem uma mineração mais verde. O processo de extração dessas argilas é menos agressivo ao meio ambiente, não envolvendo o uso de ácidos perigosos, e o retorno das argilas para as cavas após o processamento é realizado de forma fertilizada.
“A nossa visão é sermos a mineração mais verde do mundo para os metais mais verdes do mundo, contribuindo para a liderança do Brasil e de Minas Gerais na transição energética global”, enfatizou Marcelo.
Quanto à localização do empreendimento, Marcelo de Carvalho esclareceu que o projeto abrange três municípios: Andradas, Caldas e Poços de Caldas. Ele ressaltou que a operação contemplará instalações nos três locais, cobrindo diferentes aspectos do processo de extração e produção.
O diretor encerrou a entrevista destacando a importância das terras raras na transição energética e a contribuição significativa que a Meteoric deseja oferecer, tanto para a economia local quanto para a sustentabilidade global. Com uma visão voltada para o longo prazo, a empresa se compromete a ser um agente de mudança positiva no setor, influenciando a direção da indústria e promovendo o desenvolvimento sustentável.
Paulo Vitor de Campos
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